domingo, 1 de março de 2009

a madrugada
sempre foi sincera comigo
sua voz de banjo ecoou pelo quintal
e se ela cantou que você é feia
não adianta a revista dizer que não
mas você teve e não só uma vez
a chance de seguir o seu coração
sorrindo você abriu um buraco no mundo
muitas estrelas
foram empurradas para longe
para longe do meu peito
a língua do tempo está esfriando
está esfriando muito
não consigo me acostumar
com esta chuva de palavras de gelo
sem você agora é um sol a menos
mas a revista diz
que você está como nunca brilhando
eu apenas digo que a madrugada
sempre foi sincera comigo

2 comentários:

Marta F. disse...

Querido poeta, quanto prazer te ler, derrete as palavras de gêlo do meu coração.
Te admiro tanto.

Calazans Callou disse...

Bela inspiração.
Geraldo você é o cara.
Parceiro eterno.